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IGHB empossa nova diretoria e sonha com Museu da Libertação

A nova direção terá uma série de metas: uma delas só depende de um sinal do governo do Estado: O Museu da Libertação Nacional

No dia 31 de janeiro de 2024, o Instituto Geográfico e Histórico da Bahia (IGHB) entrou em uma nova fase, dando continuidade a sua extensa trajetória. Tomaram posse, às 16 horas, a nova diretoria e o conselho fiscal  para o  biênio 2024-2025. Durante o evento houve os lançamentos da Revista IGHB 118/2023 e do livro “Vozes do Brasil, África e Portugal - Aproximações nas literaturas de língua portuguesa”, de autoria da escritora Dorine Cerqueira e distribuído gratuitamente para o público. A nova diretoria é composta por Joaci Góes, presidente; Antonio Menezes do Nascimento Filho será o 1º  vice-presidente; e José Eduardo Athayde, o 2º vice-presidente.

De número118/2023, a revista do IGHB apresenta um conteúdo distribuído em 15 artigos, dos quais oito são dedicados ao Bicentenário do 2 de Julho e ao centenário da morte de Ruy Barbosa. Além de conter diversos outros temas, a publicação ainda contempla a agenda cultural nos 129 anos de fundação do Instituto, relatório anual da Biblioteca Ruy Barbosa e do Arquivo Histórico Theodoro Sampaio.

O escritor, advogado e jornalista Joaci Góes conta que a nova direção terá uma série de metas:  uma delas é grandiosa, e está para sair do forno, só depende de um sinal do governo do Estado: O Museu da Libertação Nacional.

A expectativa é que ele seja erguido na Solar Boa Vista, localizado no Engenho Velho de Brotas, em Salvador, patrimônio tombado pelo IPHAN. Solar onde residiu o poeta abolicionista Castro Alves.    “Um museu sobre todo período da escravatura, com personalidades como Castro Alves, Luiz Gonzaga Pinto da Gama, Ruy Barbosa, Luiza Mahin, dentre tantos outros”, diz.

As outras metas são fundamentais para a historiografia e para o país: manutenção do acervo. A ideia é a digitalização do acervo para que qualquer cidadão, de qualquer parte do mundo, possa acessar o conteúdo no idioma de sua preferência. “Uma grande coleção de jornais, milhares. Para que as pessoas acessem nos EUA, na Europa, seja onde for”, ressalta.

Além de projetar o lançamento de um livro por mês a partir de agora, versando sobre fatos históricos e levantes na Bahia. Fatos que deverão estar expostos no museu.

O museu é um pleito antigo do movimento egro e de historiadores. No Brasil, até então só existe o Museu da Escravidão em Belo Vale, Minas Gerias. O casarão possui 6 cômodos e faz alusão à Casa-Grande Em São Paulo, tem o Museu Afro-Brasil, criado em 2004. Mas a sua finalidade é outra. Trata-se de um museu da cultura afro-brasileira, que tem a escravidão como um dos núcleos de exibição.

Na Câmara de Salvador foi aprovado em 2022, inclusive, projeto de indicação 425/2020 para a criação do Memorial de Resistência à Escravidão, de autoria da vereadora Marta Rodrigues (PT). Na epoca o prefeito era Acm Neto. Ainda nao foi implantado e criado. Joaci Góes conta que a solicitação do Solar Boa Vista foi feita a Rui Costa, sem resposta positiva. E novamente refeita a Jerônimo Rodrigues. “Estamos na expectativa. Esperamos que sim”, destaca.

Na tarde de hoje, além da solenidade de posse, o momento vai ser de festejo, conversas e diálogos sobre política e sobre a necessidade de transformar Salvador e a Bahia num polo cultural e de conhecimento. A valorização dos seus arquivos públicos, seus acervos estarão em pauta, como sempre.

Cada diretor, explica o presidente, vai ter uma tarefa dentro do Programa Leitura Sem Fronteira. “Transformar uma meta em realidade, convocar sócio, população negra e contar a história. Salvador tem a população mais negra, dizem que só a Nigéria tem mais, e outros dizem que nem chega a tanto”.

Revista - O projeto consiste na instalação de estantes com livros, em empresas privadas e públicas, condomínios, restaurantes, escritórios, consultórios, estacionamentos de mercados, shopping centers e em pontos de transportes coletivos, gratuitamente, para atender os mais diferentes leitores.

 “O Instituto sempre está refletindo o que acontece no momento.  A revista é alusiva ao bicentenário da Independência, aos 129 anos do Instituto, o centenário   da Avenida Sete. A revista vai estar carregada de questões de grande impacto, e significado para a vida cultural e vida histórica da Bahia”, resume Joaci.

Livro - Editado pela Assembleia Legislativa da Bahia, o livro será distribuído gratuitamente. A autora, a doutora em Letras Dorine Cerqueira, além de estudar a intertextualidade ou aproximação em textos de autores de literatura de língua portuguesa, ou seja, brasileiros, africanos e portugueses, aborda poeticamente aspectos ecológicos, fantásticos, dramáticos, sociológicos, existencialistas, expressionistas, cinematográficos, entre outros. O livro é dividido em três partes: a primeira parte sobre quatro escritores brasileiros; a segunda sobre quatro escritores africanos e a terceira parte sobre quatro escritores portugueses. Cada parte consta de ensaios sobre ficção, poesia e teatro.

“O livro aborda o conteúdo de obras escritas por autores de países de língua oficial portuguesa em África e no Brasil à luz de um comparatismo, a partir de sua matriz ibérica expandida pelo mundo através das caravelas em navegações que faziam o tráfico transatlântico, transportando negros escravizados que povoaram o Novo Mundo... Esperamos que esse estudo, que nos deixa com o gosto de quero mais, se estenda também ao comparatismo das vozes notáveis de escritoras daqui e de além-mar. Fica o convite, que não é desafio, mas instigação”, destaca a professora, associada e acadêmica Ieda Castro, que assina o prefácio da obra.

Fonte: Tribuna da Bahia


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